Falando sobre drogas

Folha de São Paulo, data de 23 de outubro de 2011, página 12 do caderno Cotidiano, coluna Plantão Médico: Assunto- CIGARRO E SUAS CONSEQUÊNCIAS de JÚLIO ABRAMCZYK. O autor da coluna cita que QUATRO % ( 4% , melhorou? ), do unverso de pessoas vivendo no município de São Paulo, e com idade de sessenta anos ( 60 ANOS OK? ), é portador de uma doença que atende pelo nome de: DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA, mas como tudo vem por siglas ela atende por – D P O C – esta doença se mostra como a maioria das doenças que atingem os PULMÕES, ou seja via inalação, e esta leva em consideração que os fumantes, com idade acima citada, (60 ano), são os mais atigidos.
Quem conviveu com parentes fumantes, ou convive ainda hoje, sabe que podemos falar-lhes uma centena de siglas, nomes por extenso, que vai ouvi-los dizer que o cigarro é amigo, muleta, distração, ou aquele: ” Ah! é só acender um cigarro e o estresse nervoso se vai.”, ou um cigarrinho só por dia que mal faz?. O problema é que, cigarro mata, não importa nome por extenso, siglas ou citações médicas, o cigarro é o maior vetor de doenças que levam milhares de pessoas diáriamente aos Pronto-Socorros, não só de São Paulo, mas no mundo todo.
Meu velho pai se foi, e o diagnóstico, vulgo causa-mortis, foi: TABAGISMO, o cigarro levou embora um ente querido, que dizia que sua única distração era o cigarro. O cigarro é distração de ociósos, que por carregar o vício ao longo de décadas, e ao diminuir suas atividades, encontram no maléfico cigarro, um canal de fuga por alguns minutos, que logo voltam, pois um chama outro, tal a citaçao Bíblica, que diz que: ” UM ABISMO CHAMA OUTRO.”, e o abismo trazido pelo vício do tabagismo é que um sofrimento traz outro, não só para quem é viciado mas também para que vive muito próximo, pois acompanhar o dia a dia de sofrimento, e bota sofrimento nisto, é um profundo abismo mesmo.
A DPOC, observa o Dr. Clóvis Arlindo de Souza, em sua tese de doutorado, preocupa principalmente, porque a população envelhecida aumenta, e que a qualidade de vida desta população, cai drásticamente, pois envolve, diagnósticos que se forem precóces, levam a um tratamento menos agressivo, se a doença for dectada em fase menos grave, se é que isto seja possível.
Na ” Revista de Saúde Pública “, deste mês traz a análise do DR. Clóvis juntamente com seus colaboradores, que o D P O C, foi a quinta maior causa de internações, de pessoas com idade acima de quarenta anos, isto em um consenso sobre a doença em 2003 ( dois mil e três ), com um total de quase duzentas mil internações ( 200.000 ), e o gasto público foi de cerca de R$ 72 MILHÕES de reais, e considerada entre a quinta ou sexta causa de mortes no país com 38 mil óbitos por ano, e em acelerado, aumento ano á ano.
A pergunta que se faz é: Qual justificativa leva pessoas, que ainda não se envolveram com este vício, a se iniciar, nesta aventura radical, que leva á sofrimento, dor, incapacitação, perdas físicas, mais acentuadas que a financeira, e pior, porque as campanhas elaboradas, como as proibições, não desaceleram de forma mais drástica o ingresso de pessoas de sexo e idades sem limites, nesta nefasta e infernal forma de suícidio lento, e destrutivo, ao longo de seu processo. Para mim o tal dia mundial sem tabaco, funciona tão bem com uma bicicleta sem rodas, oferecida a um sem teto, com todo amor e desejo de que este presente será utilíssimo.
As fotos degradantes colocadas nos maços de cigarro, funcionam também de uma forma tão brilhante quanto uma lâmpada queimada de uma lanterna, de um pescador, no meio do mato voltando para casa, ás duas da manhã, em um noite chuvosa, e fria num dia 13 de agosto uma sexta feira. Sem uma abordagem no período estudantil, mas feita de forma, a incutir na mente do menor que já esta de olho no imbecil, que fuma e o vê como um semideus, como um exemplo, de sucesso a ser seguido, se não for desmistificado a grotesca imagem do bem sucedido que fuma e se conserva, belo, saudável e feliz, o menor que que convive e vive com fumantes, próximos ou apenas na tela do televisor via filmes e novelas, pouco ou nada irá mudar, o pensamento de que pessoas ricas famosas usam e isto serve de parâmetro, de espelho para quem quer ser notado como alguém de sucesso. Os estudos mostram que o risco considerado é pela inalação da fumaça, seja de quem pratica, ou seja o fumante passivo, do tipo, feto da gestante que fuma e que de forma estúpida, burra, assassina, contamina um ser indefeso, a quem não ama coisa nenhuma, visto que não ama nem a si mesma, e, as pessoas que não dão a mínima bola para a qualidade de vida que querem para si no futuro, também, fazem o mesmo em relação, a quem convive com elas. O cigarro uma pequena amostra de falta de civilidade , de inteligência, de amor ao próximo, e a si mesmo, de cegueira virtual agora e literal a longo prazo, e a maior demonstração de que o homem é aquilo que ele come , pratica, e o que ele vive, quem consome fumaça, em pouco tempo será desta forma que sua vida será demonstrada.